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'Referência', 'mestre' e 'gênio': veja a repercussão da morte do fotojornalista Evandro Teixeira

Fotógrafo morreu aos 88 anos por falência múltipla de órgãos. Morre o fotógrafo Evandro Teixeira, aos 88 anos O fotojornalista Evandro Teixeira morreu nes...

'Referência', 'mestre' e 'gênio': veja a repercussão da morte do fotojornalista Evandro Teixeira
'Referência', 'mestre' e 'gênio': veja a repercussão da morte do fotojornalista Evandro Teixeira (Foto: Reprodução)

Fotógrafo morreu aos 88 anos por falência múltipla de órgãos. Morre o fotógrafo Evandro Teixeira, aos 88 anos O fotojornalista Evandro Teixeira morreu nesta segunda-feira (4) aos 88 anos no Rio de Janeiro. Segundo a família, ele sofreu uma falência múltipla de órgãos em decorrência de uma pneumonia. Um dos maiores nomes da categoria no país, Evandro foi homenageado por autoridades, jornalistas e fãs. Presidente Lula: Brasil perde hoje Evandro Teixeira, referência no fotojornalismo do nosso país e do mundo. Com mais de 70 anos de carreira, Evandro registrou momentos históricos como o período da ditadura militar no Brasil. É de sua autoria uma das fotos mais emblemáticas desse período: a Tomada do Forte de Copacabana, de 1964. Evandro deixa um acervo de mais de 150 mil fotos, com imagens que fazem parte da história do Brasil. Cobriu posses presidenciais, registrou a fome, a pobreza, esportes, personalidades e a cultura do nosso país. Meus sentimentos aos familiares, amigos, colegas e admiradores de Evandro Teixeira. Ancelmo Gois: Evandro foi um fotógrafo que melhor registrou a política brasileira na segunda metade do século XX. Aqueles anos, intensos, da ditadura militar de 64 até 85, o Evandro acompanhou aquilo e fez um registro fotográfico da melhor importância para a história nacional. Carlo Caiado (presidente da Câmara dos Vereadores do Rio): O fotojornalismo brasileiro e mundial perde hoje um dos seus maiores gênios. Evandro apenas nos deixou fisicamente. Ele é eterno com suas fotografias históricas. Um fotógrafo incomparável. Evandro deixa muitas memórias e muita saudade. Minha solidariedade e afeto a toda a família, os amigos e os amantes da fotografia. Chico Regueira: Tive o privilégio da amizade de Evandro Teixeira, um dos mais importantes repórteres fotográficos do mundo que viu, viveu e registou a história nos últimos 70 anos. O golpe militar no Brasil, a passeata dos 100 mil, os massacres no estádio Nacional do Chile e na Guiana Inglesa, a desigualdade, tudo ele viu de perto , tava lá. Pra quem vive a reportagem como eu Evandro é um tipo de super herói. De modo geral nós repórteres somos os primeiros escritores da história. Evandro fez história. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text O corpo de Evandro será velado na Câmara dos Vereadores, no Centro do Rio, na terça-feira (5), das 9h às 12h. Passeata dos 100 mil, Tomada do Forte, enterro de Neruda: fotógrafo Evandro Teixeira contou ao g1 as histórias por trás da cobertura de ditaduras Fotógrafo histórico Visitante observa foto da exposição “Evandro Teixeira. Chile, 1973”, que também tinha fotos da ditadura no Brasil, como essa histórica Tânia Rêgo/Agência Brasil Evandro registrou, quase sempre em preto e branco, boa parte do que de mais importante aconteceu na segunda metade do século 20. Nascido na Bahia, em 1935, Evandro Teixeira deixou Irajuba, um povoado a 307 quilômetros de Salvador, para fotografar o Brasil. Ainda jovem, fez um curso de fotografia à distância e, em 1957, chegou ao Rio de Janeiro com uma carta de recomendação para trabalhar no Diário da Noite. Logo depois, foi convidado a integrar a equipe do Jornal do Brasil, onde trabalhou por 47 anos, tornando-se uma referência no fotojornalismo. Evandro Teixeira em setembro de 2023, quando lançou mostra no CCBB do Rio Marcello Cavalcanti Em quase 70 anos de carreira, registrou eventos marcantes como o golpe militar de 1964 e a ocupação do Forte de Copacabana em 1º de abril de 1964. Golpe militar do Chile Presos políticos encarcerados no subsolo do Estádio Nacional, Santiago, Chile, 22/09/1973 Evandro Teixeira/Acervo IMS Em setembro de 1973, Evandro Teixeira voltou sua câmera para o golpe militar no Chile, que resultou na morte do presidente Salvador Allende. Durante sua estadia, ele capturou fotografias que se tornaram documentos históricos. Algumas dessas imagens foram feitas no Estádio Nacional, onde Evandro conseguiu documentar a violação dos direitos humanos. Também são dele as fotos do adeus a um dos ícones da esquerda no Chile, o poeta Pablo Neruda (veja histórias sobre as fotos no Chile). Também eternizou em imagens Pelé e Ayrton Senna, acompanhou a visita da Rainha Elizabeth e do papa João Paulo II, documentou fome e pobreza e as festas populares, como o carnaval. O fotógrafo reuniu em livros tudo que lhe dava orgulho. Além da mulher Marli, duas filhas e netos, Evandro deixa um tesouro captado por um olhar incomparável. Evandro Teixeira em setembro de 2023, quando lançou mostra no CCBB do Rio Marcello Cavalcanti Estudante é atacado por soldados em protesto contra a ditadura militar, no Rio de Janeiro, em 1968. Evandro Teixeira/Acervo IMS